eu já não queria.
Antes mesmo de partir,
eu já lamentava.
Essa minha precocidade
ao sentir
o que na verdade ainda está por vir.
Esse meu sentimento de não querer estar
mesmo querendo.
Não quero.
Não quero e ponto.
Porque se quero
eu quero.
E não há cristo que me desfaça.
Eu vivo para sentir.
Eu quero sentir
esse chão que me esfregam,
esse ferro que me enferruja por dentro.
Nutri e morre.
Come e dorme.
Cresce e morre de novo.
Eu sinto.
Eu disse,
antes de acontecer
porque eu sou preocupada
com o que vai acontecer.
Às vezes não acontece,
mas eu insisto em sentir.