Medo

8.12.07

Medo, medo, medo.

O medo só me faz ter mais medo. O momento vai se aproximando, meu medo aumentando, as borboletas que antes estavam no meu estômago vão parar na boca. Ânsia. Ânsia por resposta. Ânsia pelo que virá. Ânsia de vômito.

Eu quero. Eu posso, mas não consigo. Sinto-me aflita a ponto de chorar, não quero ouvir nada que venha de fora. NADA! Quero que todos que me atormentam com seus conselhos superficiais e os sabe-tudo me deixem em paz. Quero que todos os pitacos na minha existência se diluam em um líquido venenoso que mate todos pela boca. Como peixes. Como horríveis e nojentos peixes da pior espécie possível.

Quero, mas não consigo. Minha fraqueza e meu medo me amedrontam mais ainda. Meu grito por socorro já não chega onde chegava antes, eles mal passam da minha porta, mal saem da minha boca.

Todos os meus músculos se retraem em um embolado de fios e conexões sem nexo dentro de mim. O meu sentido de existência não mais existe, não clama mais por descobertas. Não, eu não morri. Estou congelada nesse instante incerto, caminho sem direção programada.

Tenho sim felicidades, alegrias e contentamentos, tenho também chateações. Tudo isso faz parte. Veja bem, o que digo não é que eu estou desistindo de viver ou usando narcóticos, o que estou dizendo é que o medo paralisa. É como estou. Paralisada.Deus...alguém me aguente porque nem eu me aguento mais.

QUE TAL MAIS UM?

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