Sem Nome VIII

7.4.14


São meus ou teus esses trapos espalhados no tapete?
A garrafa tem tom púrpura,
do batom que eu vestia ontem;
que você arrancou sem mais nem menos,
pelo prazer de ver meus lábios nus.

Emudeceu minha alma.
Fez confete de toda preocupação que me afligia.
Bagunçou minhas planilhas,
jogou fora minhas páginas amarelas.
E desobedeci minhas próprias ordens.

Você é covarde, eles dizem.
Daquele tipo que nem começa
por medo de terminar.
Eu sei,
eu sou.

Eu sinto não ser mais desapegada,
menos problemática.
Sinto.
Demais.
Faço
de menos.

QUE TAL MAIS UM?

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