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18.11.13

Meu caro, se te contar o que acontece pelas bandas de cá, você vai cair pra trás. Espera só chegarem as novas. Claro, já andam postando em tudo quanto é lugar. Provavelmente você viu, ouviu e leu relatos detalhados de quem sabe, mas nunca esteve lá para saber.

Todo mundo gosta de contar uma boa história. Todo mundo gosta de surpreender o colega ao chegar ao clímax, bem na hora da grande reviravolta. E aí, você prende o fôlego para ouvir atentamente aos detalhes exagerados de uma história que não é dele.

Então, é certo de que já chegou a você tudo o que tenho a lhe contar. Meu elemento surpresa foi anulado; é post no Facebook e você curte, no Twitter você rebloga, já fizeram até curta-metragem sobre isso no Instagram. Mas que ingenuidade a minha achar que você ainda não sabia.

E se eu te contar, você finge ser novidade? Faz disso um fato inédito para me dar crédito, peloamordedeus, por uma vez na vida? Finge que eu sou a primeira? Não sou especialmente boa com detalhes, o que me dá uma desvantagem tremenda em relação aos meus oponentes- o New York Times que o diga, mas faz disso uma novidade extrema para me agradar?

Então é isso, meu querido. Você já sabe e eu já sei que você sabe. Poupemos saliva e caneta tinteiro. Queria lhe escrever uma carta como Chico fez com o Boal, mas de que me vale? Até que chega aí, já lhe contei tudo por Whatsapp. Até lá, já compartilhei 6 imagens de santos, 4 de cachorros fofos, 2 frases de Caio Fernando de Abreu e 3 videoclipes de animação e isso é tudo o que sou. Daí, você já me compreendeu e entendeu que minha vida é um perfil aberto e desbloqueado nas redes sociais. Daí, já deu para saber que minha vida é uma sequência de esquetes do Porta dos Fundos.

QUE TAL MAIS UM?

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