Juventude Transatlântica

7.1.11


E de repente a gente sente
que tudo do que era feito nosso alicerce ruiu,
mas que cada vez que olhamos pra baixo,
novas ripas são colocadas no lugar.
Estamos seguindo em frente e aprendendo a caminhar.

E ao vento,
eu grito
a vida não sai do meu pensamento.
Escolhas,
encolhas
e encruzilhadas.

Não tememos mais a morte,
tememos a sorte de estarmos vivos.
A cada suspiro, contamos
e estamos um minuto a mais do começo
e mais perto do fim.

Assim, não alimentamos fracassos
marasmos não deixamos ficar
queremos e podemos
assim, deixamos no ar.

E enquanto a juventude nos grita
"Stay Gold"
Segure-se quem puder
quem conseguir entender e manter a poesia em si.

E se só nos restasse um dia,
eu sei, você também fugiria
num transatlântico em direção
ao lar.

Somos insensatos,
inconsequentes,
instáveis.
Somos inseguros e convencidos.

Orgulhosos,
somos jovens com medo do escuro
do fogo que arde em nós mesmos
e do álcool que engrena nossas atitudes.

Virtudes não temos,
perdemos junto com as chaves do carro.
Multados,
quebrados e felizes.

Somos diretrizes do nada,
guiamos em estradas
que nos levam ao nada.
E cantamos.

E se crescemos, tudo se perde.
É médico, engenheiro e advogado.
Ao diabo!
Só cresço quando a tequila acabar.

QUE TAL MAIS UM?

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