Sem Nome IV

3.2.09


No mesmo lugar
fico pedra bruta.
Sentada no mesmo espaço.
O mesmo espaço de tempo se repete
de novo.

Claustromorfose.
Enclaustrofiada.
Atrofiada no tédio.
O mesmo tudo sempre
de novo.

Enlouquecendo nas mesmas paredes,
as mesmas paredes.
O mesmo chão.
O teto fechado que sentencia a loucura sã.
Anciã
ansiosa
ânsia do ócio
de novo.

Loucura inversa,
pensar em sofrer.
Eu saio,
não sofro.
Eu volto
e lá vem tudo
de novo.

QUE TAL MAIS UM?

3 Comentários

  1. Sinceramente, gostei muito! Só acho que vc não é apenas fruto de heranças e determinações. O próprio tédio que vc revela (nos versos) força uma passagem, que é a sua liberdade. Parabéns.

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  2. Adorei esse Rach...por força do atual quadro que estou vivenciando...suas palavras colaram na minha cabeça e só me restou aquele comentario clássico:"Exatamente isso".
    Ahhhhhhhh vc ta me devendo uma presença do outro lado da mesa...tomando aquele café. Bjo!

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  3. A repetição é importante , faz parte para encontrar o seu caminho. Gostei muito do seu poema

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