Tarde de domingo
29.4.13
Queria mesmo é
que todo dia fosse tarde de domingo, para espreguiçar despretensiosamente e
observar as horas passarem pela janela enquanto o sol se esconde. Poder me
sentar na espreguiçadeira e não me culpar pela inércia, afinal é fim de domingo
e não há nada o que fazer.
As coisas que
deveriam ser resolvidas no fim de semana, já foram feitas no sábado e só nos
resta esperar pela segunda-feira que chega aguda, cheia de correrias para fazer.
Por isso, queria que todo momento fosse tarde de domingo; a leveza moral de não
ter nada para fazer, não querer fazer nada e assim poder ficar.
Sem penitência.
Há aqueles que ainda têm forças para fazer as unhas, lavar a louça ou arrumar o
guarda-roupa, mas de maneira geral, é como diz Titãs “domingo eu quero ver o
domingo acabar”.
Por outro lado,
a vida perderia relevância se tudo fosse domingo à tarde. Todas as conversas
soariam como passatempo, tópicos tirados de programa de auditório dominical.
Mas aí é que está a despretensão do domingo, nada muito profundo. Tudo já
pronto, pensado para você não precisar se esforçar porque eu sei e você também
que não vamos fazê-lo. Não queremos pensar; pensaremos por cinco dias seguidos,
das 8h às 17h e tudo o que queremos é que pensem por nós.
Mas hoje não é
tarde de domingo, nem de longe! Hoje é dia corrido, sem feriado. Melhor voltar
ao trabalho.
1 Comentários
É BEM ISSO MESMO QUEL.
ResponderExcluirMAS ACHO DOMINGO A TARDE TRISTE.
PORQUE JÁ VEM VINDO A SEGUNDA-FEIRA.